O MAD MAX BRASILEIRO

Todos os dias, Paulo Roberto Viana segue a mesma rotina de catador de sucata a bordo de sua motocicleta em São Paulo

Clichetes
clichetes

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por Victor Amaro

A distorção da guitarra de “Perry Mason” já rasga os alto-falantes da motocicleta negra há pelo menos 30 segundos quando o homem de estatura média e braços fortes queimados do sol monta nela novamente. Uma pisada na alavanca da partida marca o estampido inicial do motor, que não soa como o de uma Harley Davidson e chega a ser camuflado pela percussão seca da música e pela voz inconfundível de Ozzy Osbourne. A primeira parada é a poucos metros dali. Novo silêncio do motor. Passa das 10h40. Com um sarrafo de ferro de um metro com o cromo lascado, o motociclista escora o veículo de modo que não tombe, ao lado de uma caçamba de entulho, na pacata e estreita rua Dr. Guilherme Cristofel, em Santana, zona norte de São Paulo.

O catador Paulo Roberto Viana
O CATADOR PAULO ROBERTO VIANA | VICTOR AMARO

Desce e observa, chegando a encostar de leve na caçamba a pequena barriga que carrega por trás da regata preta. Com a mão esquerda se apossando de uma persiana metálica branca, espana tocos de madeira e tijolos molhados com a direita. Coloca o material em frangalhos na carrocinha acoplada à traseira da moto. Em seguida, garimpa algumas revistas e volta a seguir caminho.

Pescoços se torcem acompanhando-o dobrar a esquina. Ele parece não se dar conta de chamar tanta atenção e só não faz sinal ao entrar na rua porque a moto que pilota não tem seta. Naquele momento em particular, parece deixar que os Rolling Stones, com Gimme Shelter, anunciem sua passagem — que seria triunfal caso ele não estivesse a 20 km/h e pela faixa da direita.

A culpa pela baixa velocidade — e também pela incredulidade de quem o vê rodando pela cidade — deve-se muito às limitações técnicas e às peculiaridades do veículo que pilota e que ele mesmo construiu. O motor, comprado usado “na cidade” há poucos dias por R$ 400, é de uma CG 125 cc. O tanque de combustível e as rodas também pertencem ao modelo popular da Honda. O banco é um caso à parte: a região em que as nádegas encostam é de plástico, um assento cortado pela metade, para um só ocupante, que não teria estofamento na parte de cima não fosse por um pedaço de espuma amarrado por uma fita de borracha. Para as costas, há um banco de moto “completo”, cuja orientação foi alterada do eixo X para o Y, percorrendo toda a espinha dorsal do motociclista, ao melhor estilo moto Custom improvisada.

Junto à roda traseira, um semicírculo de ferro conecta o veículo a uma geladeira tombada que faz as vezes de carretinha, com aproximadamente 1.60 m de comprimento por 70 cm de largura e 60 cm de profundidade, carregada àquele momento com três latas de tinta vazias, duas barras de ferro, algumas pilhas de papelão amassado, canos de PVC, além da persiana metálica branca e das revistas que o motoqueiro acabara de recolher.

Todos os dias, de segunda a sexta, Paulo Roberto Viana segue a mesma rotina de trabalho. Às 8h30, o catador de sucata de 57 anos deixa a pensão em que mora no centro de São Paulo e parte rumo à zona norte a bordo de sua motocicleta, que, com exceção de alguns detalhes, parece ter sido embebida em uma solução de petróleo não refinado. O expediente e o itinerário dependem muito do dia, embora exista uma espécie de padrão estabelecido e ruas a serem obrigatoriamente visitadas por ele. Experiência de quem recolhe o que não serve mais aos outros — especialmente alumínio, ferro, papel, papelão e plástico — há 25 anos.

Paulo conta que sobrevive principalmente dos restos da construção civil, da quantidade assombrosa de prédios que brotam em Santana a cada ano. Fatura, por dia, em dinheiro, entre R$ 60 e R$ 70 e tem um gasto de aproximadamente R$ 10 com combustível para moto e outros R$ 5 para o corpo: café com leite, pão com manteiga na chapa e salgados durante o dia, isso quando não retorna para almoçar na pensão.

Ele é “apaixonado” pelo que faz, por recolher sucata, andar de moto e ouvir música o dia todo sem ter patrão. “Foi assim que, graças a Deus, nunca deixei faltar nada às três filhas”. Nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Aos 9, contou sem rodeios que, quando seus pais se separaram, rompeu com os estudos, ainda na 3ª série do Ensino Fundamental (primário àquela época), por força do pai, que pediu as contas depois de 16 anos como contramestre de obras na Petrobras e o tirou de casa, levando-o ao Paraná. Os nove anos de Paulo seriam marcados ainda por uma surra inolvidável aplicada pela mãe antes da mudança, e pelo encontro do garoto com o que viria a ser sua principal paixão na vida: a música.

Paulo nunca mais viu a mãe após seu retorno à capital mineira no ano seguinte. A mulher havia falecido. Dela, hoje quase não fala. Sobre a surra, contemporiza confessando que “era muito arteiro”, como se tivesse merecido. Do que não esquece é da sensação única ao ouvir pela primeira vez a canção “Quero Que Tudo Vá Pro Inferno”, clássico da Jovem Guarda, na voz de Roberto Carlos escapando pelas caixas do rádio em 1965, ano do lançamento da composição do Rei e do “Tremendão” Erasmo Carlos.

Sentado numa cadeira com as costas parcialmente apoiadas nos azulejos amarronzados da padaria Morávia, esquina da avenida Dr. Zuquim com a rua Outeiro da Cruz, Paulo tem seu segundo contato com o repórter que quis saber mais sobre ele, escrever um perfil. Os olhos castanhos por trás das olheiras esverdeadas acima do nariz de italiano atravessam as vidraças em direção à rua, que naquele final de manhã de quinta-feira chuvosa oferece como cenário apenas filas de carros parados no semáforo e o cinza molhado da garoa fina que cai na cidade.

Raramente olha nos olhos. Surpreende ao falar com desprendimento sobre a vida, chegando a fazer uma retrospectiva torrencial de seus últimos 37 anos em uma hora e 15 minutos, desde o dia em que chegou em São Paulo. Era um 1º de outubro, e o destino, o bairro fabril da Vila Guilherme. Decidido a “mexer com música”, o então jovem juntou o ímpeto de seus 20 anos com algum dinheiro e desceu do ônibus na capital paulista.

“Naquela época, eu pensei: ‘eu vou lá pra São Paulo e me arrumo, vou pra perto de alguma delegacia, se for o caso’”, lembra após uma dentada no pão na chapa, para imediatamente prosseguir. “Então peguei um dinheirinho, um atestado de antecedente, de residência e outros documentos e cheguei até uma pensão na Vila Guilherme. Paguei o primeiro mês adiantado e acabou que fiquei por lá durante quatro anos, os melhores anos da minha vida, nunca morei em lugar melhor não, até hoje tenho saudade”, solta, levantando o guardanapo de boteco que isola o pão da unha escurecida pelo tempo de trabalho na rua.

Logo no primeiro ano na capital, o rapaz teve sua primeira grande chance na música ao se apresentar no programa de calouros de Silvio Santos. “Naquela época, em 1975, 1976, tinha o Zé Fernandes, um jurado sério pra caramba lá, mas eu sabia que era minha chance, né?”. O aspirante a músico garante ter convencido o legendário apresentador a deixá-lo tocar e cantar uma composição própria, contrariando o curso normal do programa em que os calouros apresentavam exclusivamente sucessos de músicos consagrados. “Aí eu peguei meu violão que tava atrás do palco e toquei uma música, e o Silvio pediu a opinião do Zé Fernandes: ‘ô, Zé, o que você acha?’. Ele (Zé Fernandes) falou que era só eu dar uma regulada na minha voz que eu chegava lá.”

Antes de “chegar lá”, Paulo trabalhou como lavador e manobrista de concessionária, ajudante de fábrica de produtos alimentícios, assistente de soldador, carregador em transportadora, funcionário de fábrica de chocolates, e por aí vai. Os primeiros anos dele na maior cidade do país foram de muitos cargos que nunca conseguiu manter por mais de quatro meses. “Não tinha paciência pra isso, não”.

Quando trabalhava em um emprego mais estável, como entregador de jornal para a Folha de S. Paulo, inicialmente de bicicleta e depois de moto, conheceu Maria, em um parque na Vila Maria. Era a irmã de uma moça com quem tivera um namorico. Ficaram juntos “por um tempo” até que a mulher começou a falar em casamento, já cansada de morar na casa da família para a qual trabalhava como empregada doméstica. Queria juntar os trapos com os dele, que gostava “do jeito simples de invocado” da baiana, e vendeu um gravador que tinha. Se despediu de “todo o mundo” da pensão.

“Um aperto danado” na área financeira veio junto com o nascimento da primeira filha do recém-formado casal, a Michele. Paulo já trabalhava com um homem muito importante na vida dele, o Geraldo. Fora Geraldo quem o colocara como entregador na Folha de S. Paulo e o mesmo que, posteriormente, lhe dera um emprego em um ferro-velho no centro da capital. “Ele queria sempre me ver melhor na vida, sabe?”.

Ao lidar diariamente com o que viria a ser seu ganha pão até hoje, Paulo conta que foi ganhando experiência. “Eu sabia por quanto comprar, por quanto vender, trabalhar com ferro-velho é assim, tem que saber trabalhando, na rua”. Passou de funcionário a patrão de si próprio quando comprou o primeiro fusca. Arrematou o velho Volkswagen repleto de multas, com a documentação atrasada e condições mecânicas e de carroceria lastimáveis. O carro durou o tempo de ser apreendido. Depois dele, seguiram-se outros 12 veículos nos 15 anos seguintes. “Fusca véio, perua véia, tudo com documentação atrasada, mas nunca carro roubado”.

Durante esse período, nasceram Juliana, hoje com 20 anos, e Aline, com 18. O homem gesticula o pedido de um segundo café com leite ao garçom da padaria antes de explicar que o trabalho com a sucata também lhe garante a renda para pagar a pensão de R$ 350 à ex-mulher, que hoje vive com as filhas e o marido da mais velha, Michele, no Itaim Paulista. A primogênita lhe deu dois netos: Maria Beatriz, de dez anos e Magno, de dois.

Na hora da conta, o catador de sucata faz questão de acertar os R$ 7 pelos três cafés com leite e dois pães na chapa. “Na próxima você paga”, garante ao repórter. Já do lado de fora, novamente não parece perceber a quantidade de pessoas que o observam prostrado em frente à sua engenhoca motorizada. Escorada para não tombar, a moto emite o som da rádio de Classic Rock “Kiss FM” mesmo estacionada e com o motor desligado. O áudio sai de duas caixas de mini system doméstico, também pintadas de preto, ligadas a um micro system portátil por uma ligação de fios unidos por fita crepe. As caixas são suspensas e ficam penduradas a uma cobertura de plástico sobre uma camada de papelão ondulado, que protege o motociclista da chuva e, principalmente, dos raios solares.

Com o punho esquerdo envolvido por uma pulseira preta e grossa, mexe em uma peça junto ao motor. A leve extensão do braço é suficiente para fazer brotar músculos em seus antebraços e ombros, expostos pela regata carcomida por traças. A inclinação do corpo permite também ver com mais detalhes a rarefação capilar, o desenho das entradas e a perda gradativa do castanho claro para o branco acinzentado. Quando faz frio, ele não abre mão de desfilar com uma jaqueta de couro estilo “Ramones” que encontrou em uma caçamba há alguns anos. Pelo conjunto da obra, ganhou na região o apelido de Mad Max, em referência à franquia de filmes que lançou Mel Gibson ao estrelato a partir de 1979.

Novo pisão na alavanca da partida e Mad Max, que nem se orgulha nem se envergonha do apelido, sai calmamente da inércia em direção ao bairro do Jardim São Paulo. Percorre algumas ruas ao ritmo de Ultraje a Rigor, David Bowie e Kaiser Chiefs. Encosta em diversas caçambas e recolhe mais latas de tintas. Em uma casa em reforma consegue duas esquadrias de ferro e algum papelão. A carretinha está visivelmente mais carregada. Quando ainda estava na frente da padaria, Paulo teve de amarrar com fitas de borracha o conteúdo de caixas de papelão vazias depositadas por funcionários do estabelecimento, que o conhecem faz tempo. “Às vezes é assim mesmo, ganho dinheiro até parado, vou num lugar e, quando volto, alguém colocou alguma coisa na moto”, diverte-se.

Os frutos do trabalho do final do dia anterior mais os do começo daquela quinta-feira, pesados, separados entre papelão, papel branco, ferro e alumínio, rendem R$ 37. “Tá bom isso, Paulo?”, indaga o repórter dentro do ferro-velho em frente ao 73º Distrito Policial, no bairro do Jaçanã. ‘Tá bom, tá bom, é dinheiro, né?”, responde Mad Max. Ele vende 89 kg de ferro a R$ 0,30 o quilo e algumas pilhas de papelão e papel branco separadas em fardos de mais de meio metro de altura, de R$ 0,15, em média. O que Paulo tem de plástico, deixa de graça no local, abarrotado do chão ao teto. “Essa época do ano é assim mesmo, até o carnaval tem muito plástico, ninguém compra”.

Os dois trabalhadores do ferro-velho não aparentam ter mais de 25 anos. Comum entre ambos é também a solidão no olhar, que foca constantemente o solo, mesma direção em que apontam as abas dos bonés falsificados de marcas famosas. Um deles, mais moreno de pele, chega a abrir um sorriso pela inquietude de Paulo, que cisca de um lado para o outro entre a balança e a moto, carregando os produtos, sem falar nada, com a cabeça levemente curvada para a frente. Voltaria ao ferro-velho na parte da tarde ainda.

Aos sábados, o Mad Max brasileiro tem uma rotina diferente. Faz o que veio inicialmente fazer em São Paulo: “mexer com música”. Com um parceiro, a quem chama só de “Negão”, faz um som a partir das 16h, em frente ao portão do Parque da Luz, no coração da cidade. Na playlist, estão clássicos da Jovem Guarda, como Roberto Carlos, Renato e Seus Blue Caps, Erasmo Carlos, The Fevers e Paulo Sérgio. Reminiscências de 1965, quando tatuara em si “Quero Que Tudo Vá Pro Inferno”.

Os preparativos para as apresentações da dupla começam muito antes das 16h, contudo. Paulo volta do trabalho para casa antes do meio-dia para descansar. Ele vive há seis anos em um quarto de aproximadamente 16 m2 em pensão de pintura descamada salmão, que pode ser vista por quem passa pela avenida Prestes Maia, no centro. Antes, residia no Jaçanã e só se mudou para o centro após se envolver com uma prostituta que o “arrastou para lá”.

Assim como não guarda mágoa da mãe após a surra que levou, do pai por tê-lo tirado da escola ou da ex-mulher por qualquer motivo, ele não fala com ressentimento da prostituta, mesmo após ela ter lhe furtado o celular e R$ 300 da carteira antes de sumir do mapa. “Era uma boa pessoa, só fez bem para mim. Já vinha falando que queria voltar pra Bahia, então acho que foi bom pra ela”.

A empolgação aumenta o tom de voz baixa no momento em que mostra os instrumentos musicais espalhados pelo quarto. Três pregos sustentam dois violões remendados com fita Silver Tape e uma guitarra Gianinni com o corpo serrado. Ficam na mesma parede em que encosta a cama tubular vinho de casal, com a roupa de cama dobrada em quadrados perfeitos, do lado direito de quem entra pela porta. Junto à cama, outro violão se apoia a uma mesa redonda de plástico, tipo Marfinite, que sustenta um micro-ondas e um rádio AM/FM com duplo deck.

Na parede oposta, um fogão de quatro bocas, e uma pia sem torneira com uma bacia cheia d’água que faz fronteira com a geladeira branca. A geladeira e o liquidificador acima do fogão foram encontradas no lixo, assim como alguns dos violões e outros itens vistos no quartinho. O chão antigo de mosaico português é limpo, bem tratado, diferente do teto, que ameaça desabar. O fato não preocupa o morador. “Se cair, cai no meio do quarto e não me acerta na cama”. Sobre a geladeira, uma tevê de 22 polegadas ligada no canal 7 exibe durante boa parte da tarde desenhos do Pica Pau. Logo ao lado, uma cômoda e outro instrumento do músico: um teclado prateado, embaixo de duas prateleiras com caixas de som e duas vitrolas. Antes de mostrar a preciosa coleção de discos da Jovem Guarda empilhados sobre a vitrola mais antiga, Mad Max atende o telefone celular.

- Ah, não? Tá doente? Tá beleza, então, te desejo melhoras para sua garganta.

A notícia de que Negão não poderia lhe fazer par no pocket show dali a algumas horas não pareceu abalar Paulo, que pôs o telefone de volta sobre a prateleira e voltou a se sentar na cama e não hesitou em empunhar o violão e compartilhar parte de seu repertório. Contou com a ajuda do encarte dos LPs para dar ordem à seleção de artistas.

//Meu amor está tão longe de mim//Meu bem não seja tão ruim//Escreva uma carta meu amor//E diga alguma coisa por favor//Diga que você não me esqueceu//E que o seu coração ainda é meu//. Emulando a voz do Rei, de quem empresta desde a adolescência também o cabelo comprido no pescoço, Paulo canta sem a inibição que lhe é natural, mostra mais as rugas da idade ao franzir a testa e busca a voz de dentro da alma. Os olhos já não fogem mais para os lados, como fazia na padaria ou dentro do quarto, estão fixos na lente da câmera do repórter, que grava aquilo emocionado.

Os trabalhos continuam com “Festa de Arromba”, “O Pica-Pau”, “Meu Carro é Vermelho”, as três composições de Erasmo Carlos, e se encerram para um copo de café logo após os doces versos de “O Tijolinho”, imortalizada pelo The Fevers. Depois de uma palhinha de Elvis Presley dedilhada no violão sensivelmente desafinado, Paulo encontra o encarte de um disco do RPM e emudece por uns três segundos. Ergue a guitarra na altura do peito e começa a tocar os acordes de “Revoluções Por Minuto” com a voz propositalmente rouca, tal qual a de Paulo Ricardo.

O músico gosta das canções mais antigas porque elas têm balanço, acompanhamento. De uns tempos pra cá, se tornou fã também de Aerosmith, Rolling Stones e Beatles, que têm essas qualidades. Ele não desistiu do sonho de viver da música, de “mexer com música”, como bem gosta de frisar, mas não a qualquer custo. “Não quero ganhar dinheiro nem fama, não é isso que eu quero. Quero gravar um negócio que me agrade, nada de mão beijada não. Quero lutar.”

Com as despesas que tem com moradia (R$ 500), estacionamento da moto (R$ 100), pensão da ex-mulher (R$ 350) e demais custos mensais, sabe que a medida mais imediata para 2013 é ampliar a carrocinha da moto. Nem por isso deixou de cantar a canção do disco que, por coincidência, naquela tarde de sábado ficou por último na pilha dos LPs da coleção. Na capa, trazia seu conterrâneo Paulo Sérgio.

//Pense no Amanhã tão lindo que virá//Não deixe a tristeza lhe maltratar//Eu estou aqui pra lhe dar meu carinho//Vem na minha estrada não existe espinho//Se você chorou sem ter ninguém ah eu chorei também//Se você sofreu sem ter amor ah eu sofri também//De um sorriso amor não chore mais assim//Eu quero ter meu bem você juntinho a mim, pra dizer//Que o amanhã espera por nós dois//Vem vamos amar pra não chorar depois//.

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