PATRÍCIA PALUMBO

Uma das vozes mais conhecidas do rádio brasileiro, ela fala sobre seu dia a dia, o gosto por velejar e outras histórias

Clichetes
clichetes

--

por Andréia Martins, Carolina Cunha e Diego Rinaldi

Entrevista com Patrícia Palumbo from Clichetes on Vimeo.

A casa da jornalista Patrícia Palumbo é ao mesmo tempo silenciosa e musical. Na sala, objetos zen dividem espaço com biografias musicais, retratos de músicos e a sua coleção de rádios, que vão dos pequenos modelos portáteis aos de grande porte como o rádio bar e o valvulado, encontrados apenas em antiquários.

Apesar de não tocar nem campainha, como ela mesma diz, a música é o centro de sua vida. É no escritório de casa que ela comanda sozinha o Vozes do Brasil, programa sobre música brasileira transmitido para oito emissoras de rádio. No sofá do estúdio improvisado, já foram entrevistados grande parte da fauna musical brasileira atual.

A radialista conheceu as FMs ainda pequena, enquanto viajava de carro com os pais. A diversão era zapear as frequências durante a estrada de São Sebastião (SP), onde nasceu e morava, até a capital carioca.

- Rádio em casa é um assunto. Sempre foi. Meu pai sempre foi ouvinte de rádio e quando jovem chegou a ser ator de radionovela, no Rio de Janeiro, antes de mudar para São Sebastião. E minha mãe, que é de lá, era louca por rádio novela. Fugia de casa para ouvir rádio no vizinho, porque minha avó não deixava ela ouvir.

Patrícia não pensava em deixar vida da então bucólica São Sebastião. “Queria fazer um curso e quando terminasse voltar para a praia”, diz ela. Tanto que quando se mudou para São Paulo, para cursar a faculdade — primeiro de História, na USP, que abandonou, e depois a de Comunicação, na PUC — , teve que se acostumar com algumas esquisitices da capital. Achava o ônibus opressivo e gostava de andar a pé.

- Elevador era uma coisa estranha, lembra ela, que no auge da destemida adolescência, cultivou o hábito de pedalar com o walkman por toda São Paulo, quando ainda não existiam as ciclovias. — Era uma loucura, mas eu tinha 17 anos, ri.

--

--